INSS: Liberação de Benefício por Ansiedade Atinge Níveis Recordes

A liberação de benefício por ansiedade pelo INSS atingiu níveis recordes, refletindo um cenário preocupante no mercado de trabalho.

Os dados mais recentes mostram um crescimento expressivo nos auxílios concedidos, colocando os transtornos ansiosos no topo das causas de afastamento profissional.

Aumento da Liberação de Benefícios

O aumento da liberação de benefícios por ansiedade é um reflexo direto das mudanças no cenário de saúde mental no Brasil. Em 2024, os casos de auxílio-doença relacionados à ansiedade aumentaram 76% em relação ao ano anterior, superando os casos de depressão, que também registraram um aumento significativo de 69%.

Esse crescimento alarmante é evidenciado pelos dados do INSS, que mostram que o número total de auxílios-doença concedidos devido a transtornos mentais e comportamentais chegou a quase meio milhão, representando um aumento de 67% em relação ao ano passado. Este é o maior número registrado nos últimos dez anos.

A especialista Lila Cunha, colaboradora do FDR, destaca que esse aumento não é apenas um número, mas sim um sinal de alerta sobre a saúde mental da população. A pressão por resultados no trabalho, a insegurança profissional e a adaptação ao trabalho remoto têm contribuído para um aumento significativo nos pedidos de auxílio-doença por ansiedade.

Além disso, a pandemia de Covid-19 deixou marcas profundas na saúde mental das pessoas, com o isolamento social e o medo da doença impactando diretamente o bem-estar emocional. Esses fatores, combinados com a instabilidade no mercado de trabalho, têm gerado um cenário preocupante que exige atenção e ação por parte das autoridades e das empresas.

Causas do Crescimento dos Casos de Ansiedade

O crescimento dos casos de ansiedade no Brasil pode ser atribuído a uma combinação de fatores que afetam a saúde mental da população. Especialistas apontam que a pandemia de Covid-19 deixou marcas profundas, resultando em um aumento significativo nos transtornos ansiosos. O isolamento social, o medo da doença e a perda de entes queridos contribuíram para um cenário emocional delicado.

Outro fator importante é a instabilidade no mercado de trabalho. A pressão por resultados e o medo do desemprego têm gerado um ambiente de trabalho estressante, que impacta diretamente a saúde mental dos trabalhadores. A insegurança profissional e a necessidade de se adaptar a novas realidades, como o trabalho remoto, também têm contribuído para o aumento da ansiedade.

A constante exposição a informações, especialmente nas redes sociais, e a necessidade de estar sempre conectado podem gerar ansiedade e estresse. A sobrecarga de informações e a comparação com a vida dos outros nas redes sociais podem intensificar sentimentos de inadequação e insegurança.

Esses fatores, somados a uma cultura que muitas vezes não prioriza a saúde mental, criam um ambiente propício para o crescimento dos casos de ansiedade. É fundamental que tanto as empresas quanto os profissionais de saúde mental estejam atentos a essa realidade e busquem implementar medidas que promovam o bem-estar emocional no ambiente de trabalho.

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